Dia 2 de abril é comemorado o Dia Mundial do Autismo. Desde a criação da data, por exemplo, muito já se evoluiu sobre o diagnóstico, tratamento e fala sobre o distúrbio, no entanto, há ainda muito preconceito e estigma com os pacientes.

Por conta disto, o portal ND Mais separou alguns sintomas, dicas de tratamentos e alguns conceitos para te fazer conhecer mais sobre o espectro autista e, claro, lutar pela inclusão dos pacientes.

O que a síndrome do espectro autista?

O autismo, de acordo com o Ministério da Saúde, envolve o distúrbio no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções.

Segundo dados do CDC (Center of Diseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, hoje há um caso de autismo para cada 110 pessoas. Sendo assim, matematicamente falando, o Brasil possui cerca de 2 milhões de autistas.

De acordo com a Biblioteca Pública do Ministério da Saúde, há 11 sinais comuns do autismo. Confira:

  • Apresentar atraso anormal na fala;
  • Não responder quando for chamado e demonstrar desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
  • Ter dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, preferindo sempre fazer tarefas sozinho;
  • Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais;
  • Ter dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
  • Apresentar falta de filtro social (sinceridade excessiva);
  • Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais;
  • Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos;
  • Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvidos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular de forma repentina, reorganizar objetos em fileiras ou em cores;
  • Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excêntricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas, números, entre outros;
  • Ter problemas gastrointestinais ocasionados por quadros de ansiedade.

Além disso, alguns autistas podem manifestar acessos de raiva, hiperatividade, passividade, déficit de atenção, dificuldades para lidar com ruídos, falta de empatia diante determinadas situações e aumento ou redução na resposta à dor e a temperaturas.

O autismo pode ser classificado em três tipos:

Autismo clássico: Grau de comprometimento pode variar de muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação.

Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido exato das palavras, não compreendendo o duplo sentido ou as comparações.

Nas formas mais graves, não demonstram qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante.

Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger): Os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida.

São falantes e inteligentes, chegando a ser confundidos com gênios, porque são invencíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam.

Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar uma vida próxima à normal.

Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE): Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo, com dificuldade de comunicação e de interação social, mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.

Um dos grandes mistérios do autismo são as causas do distúrbio, que ainda são desconhecidas pelos cientistas. Pensa-se, por exemplo, que há causas como fatores genéticos, biológicos e ambientais.

Tratamento

O espectro autista não tem cura, no entanto, há tratamentos para minimizar alguns sintomas do distúrbio e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pais e familiares, que participam também do tratamento.

O tratamento pode ter ainda a participação de uma equipe multidisciplinar incluindo médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos, para incentivar o indivíduo a realizar sozinho tarefas cotidianas, desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional.

No entanto, é importante lembrar que somente médicos podem diagnosticar e indicar o melhor tratamento para a doença.

 

 

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Fonte: ND+| Foto: Unsplash/Divulgação/ND