No programa Informativo 87 desta segunda-feira, dia 18, recebemos a proprietária da Clínica Integrada Dr. Eron Flores, Tatiane Ramos Viquetti Flores, acompanhada das duas psicólogas que atendem na clínica, a Diovana Filetti e a Karla Pacheco Jacinto, para falar sobre a Campanha Setembro Amarelo.

Ambas as profissionais atuam na área da psicologia há alguns anos e atendem diariamente pacientes que necessitam de um acompanhamento especial, devido transtornos emocionais, que podem levar ao suicídio.

O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira, iniciada em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Ao contrário de outras campanhas como o Dezembro Vermelho e o Outubro Rosa, o Setembro Amarelo não é reconhecido oficialmente em âmbito nacional por meio de lei federal. Contudo, esse reconhecimento já ocorreu localmente em estados, como em Santa Catarina em 2018, e em vários municípios, que instituíram oficialmente a campanha.

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, os números se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média de 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Segundo as profissionais, um dos principais motivos que levam a pessoa atentar contra sua própria vida, são os julgamentos realizados pela sociedade sobre fatos ou situações enfrentadas pela vítima.

“Em muitas das vezes, a pessoa não quer cometer o suicídio, mas sim, dar um ponto final ao sofrimento que está passando naquele momento. Ao invés de buscar ajuda, tira sua própria vida”, descreve Diovana Filetti.

Mas se engana quem pensa que o suicídio é cometido somente por adultos ou idosos. Ele é a quarta principal causa de mortes de jovens entre 15 e 29 anos, e tem crescido entre crianças de 05 á 14 anos, segundo a OMS. Em 2021, foi 200 casos nessa faixa etária no País, o maior número registrado pelo Ministério da Saúde desde 1996.

Os sinais de alerta são os seguintes: isolamento, perda de interesse no entorno, alterações do sono e apetite, se despede constantemente, escreve cartas, desempenho escolar modificado, mudança de rotina, entre outros.

“100% dos suicídios, estão ligados a transtornos mentais. E esses transtornos devem ser tratados. Pode não haver a cura, mas o tratamento para a pessoa ficar bem, existe. Então 100% dos casos de suicídio podem ser evitados”, diz Diovana.

Já a psicóloga Karla, frisa que “às vezes as pessoas querem falar para ti que estão se sentindo mal, mas você não sabe como agir. Devemos sempre instigar e pedir para a pessoa falar mais sobre o que sente. Perguntar o porquê, se aconteceu alguma coisa especifica, e sempre devemos ser claro e direto,” explica ela.

Para quem precisar de ajuda, ambas as psicólogas atendem na Clínica Integrada Dr. Eron Flores, que está localizada na Rua Manoel Pereira, bem no centro da cidade. Telefone: 3645-0045.

Além disso, no Brasil possuímos o CVV – Centro de Valorização da Vida que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo gratuitamente todas as pessoas que precisam conversar. O serviço está disponível 24h, basta você ligar para o 188. O serviço é sigiloso.

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Fonte: Redação | Foto: Adinei Corrêa/RCA