Dados do Boletim Genômico de Santa Catarina mostram que quatro variantes da Covid-19 já foram detectadas em dez municípios da região. Entre as cepas do SARS-CoV-2 que circulam na Amurel, estão a Gama, Zeta, B.1.1.28 e B.1.1.33.
Até ontem (23), 17 pessoas haviam sido infectadas por uma nova linhagem da doença na região. 12 delas com as variantes de Manaus (AM). Confira o quadro abaixo.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, responsável pela atualização do quadro genômico, não dá detalhes do quadro clínico desses infectados.
PRIMEIRO CASO DE VARIANTE CONFIRMADO NA AMUREL
O primeiro caso de pessoa infectada por uma variante do novo coronavírus na região foi divulgado no dia 7 de março, em Laguna. A mutação foi detectada em uma mulher de 32 anos.
Em abril, outros três municípios da região tiveram pacientes diagnosticados por novas linhagens do vírus: Capivari de Baixo, Braço do Norte e Imbituba.
COMO SÃO REALIZADOS OS TESTES
Diferentemente do SARS-CoV-2 de origem, que é possível ter o diagnóstico por meio de exames acessíveis, as variantes só são detectadas através do sequenciamento genético do vírus. Por essa razão, o número de infectados pode ser bem maior do que o divulgado, visto que a coleta de material para análise só é realizada nos casos suspeitos e/ou de forma aleatória.
O sequenciamento de genoma é realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Pelo protocolo da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, a coleta de material para a identificação da cepa deve ser realizada pelos municípios, que consequentemente destinam ao Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), que posteriormente envia à Fiocruz.
CONHEÇA OS DETALHES DE CADA UMA DAS VARIANTES
GAMA (P.1)
Esta é a cepa identificada em Manaus (AM), que entrou na classificação de preocupação da OMS em 11 de janeiro de 2021. A variante gama foi uma das causas do colapso no sistema de saúde da capital amazonense, e hoje é responsável pela maioria dos casos de covid-19 no Brasil. Pesquisas indicam que ela pode ser duas vezes mais contagiosa do que a linhagem original do vírus e já foi detectada em 56 países.
ZETA (P.2)
É considerada uma das responsáveis pela segunda onda da pandemia e teve origem no Rio de Janeiro (RJ). Se espalhou pelo país entre o fim de 2020 e o início de 2021. Entretanto, a OMS classificou a cepa como uma Variante de Interesse (VOI), onde seu genoma tem mutações com implicações fenotípicas quando comparada a um isolado de referência.
B.1.1.28
Derivada da GAMA (P.1), a B.1.1.28 foi identificada também no Amazonas e possui algumas mutações em sua sequência genética, principalmente na chamada proteína Spike, responsável pela infecção do patógeno nas células humanas. Estudos mostram que a cepa tem semelhanças com as variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul, entretanto, trata-se de uma variação brasileira.
B.1.1.33
Assim como a B.1.1.28, a B.1.1.33 foi identificada no Amazonas e possui mutações em sua sequência genética, principalmente na chamada proteína Spike, responsável pela infecção do patógeno nas células humanas. Estudos mostram que a cepa tem semelhanças com as variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul, entretanto, trata-se de uma variação brasileira.
*com informações Portal Infosul
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