Em feriados prolongados ou de meses de férias, como janeiro, é comum que os estoques fiquem mais baixos no banco de sangue da Fundação Pró-Sangue, que abastece mais de cem hospitais da região metropolitana de São Paulo com suprimentos essenciais para salvar a vida de vítimas de acidentes, pacientes em tratamento ou com complicações de saúde.
Mas a médica Helena Sabino nunca viu uma escassez tão longa quanto a vivida atualmente. “Se é uma crise sem precedentes? Acho que sim. Porque já tivemos crises piores (de falta de sangue), mas pontuais, de curta duração”, diz a médica. “Neste ano está bem mais difícil para bancos públicos e privados de sangue. Todo mundo está restringindo o que se usa em transfusões.”
E se a situação é delicada na Fundação Pró-Sangue (que é referência no país e tem seis postos para atendimento a doadores), o problema tende a ser ainda mais agudo em bancos de sangue menores.
“Alguns hospitais que tinham seus próprios bancos de sangue têm nos procurado” por estarem sem estoque, agrega Sabino.
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