As buscas por Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, foragido desde o último domingo, chegam ao quinto dia em Goiás. Uma força-tarefa com ao menos 50 policiais, um helicóptero e cães farejadores foi montada pela Polícia Civil para capturar o suspeito de matar a própria mulher, que estava grávida de 4 meses, da enteada de 2 anos e 9 meses, e de um fazendeiro. O criminoso passou a ser chamado de “novo Lázaro”, em alusão ao serial killer morto por policiais após caçada de 20 dias também em Goiás.

Durante as investigações, a polícia prendeu um homem que teria comprado um celular de Protácio. De acordo com informações, o aparelho apreendido em Alexânia pertenceria à Cristina, esposa do fazendeiro morto pelo foragido. A prisão do receptador de celular aconteceu na tarde desta segunda-feira, na cidade de Alexânia, em Goiás. Responsável pelas investigações, o delegado Tibério Martins declarou que Protácio está “desesperado por dinheiro” para fugir de Goiás.

Protácio também responde a um processo por tentativa de homicídio, no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Ele tentou matar um parente a facadas, em dezembro de 2019. Ainda não há sentença para esta acusação. O suspeito chegou a ser preso, na ocasião. Ele ficou detido na Unidade Prisional de Goianápolis e, em depoimento, admitiu o crime. No interrogatório, ele debochou, riu e tentou justificar a agressão pelo fato de estar embriagado e ter usado cocaína e maconha.

Nesta quarta-feira, a Polícia Militar de Goiás também apurou uma ocorrência de troca de tiros entre um fazendeiro da zona rural de Corumbá e um homem numa chácara, localizada a 7km de Abadiânia. Segundo a PM, há suspeita de que o outro homem envolvido no tiroteio possa ser Wanderson Protácio.

O caseiro trabalhou em uma plantação de tomate em Abadiânia, região para onde teria fugido e é buscado há cinco dias por uma força-tarefa. Segundo o portal Metrópoles, Protácio trabalhou na fazenda Santo Antão durante a temporada de colheita em 2019, mesmo ano em que tentou matar o parente a facadas. Ele teria atuado no local por cerca de quatro semanas, segundo funcionários.

Triplo homicídio

Os crimes ocorreram na zona rural de Corumbá, onde Protácio trabalhava como caseiro de uma fazenda. Após ter matado a mulher grávida e a enteada, ele teria ido até a casa do seu patrão e furtado um revólver com seis munições. Em seguida, o suspeito foi a uma propriedade vizinha e matou um fazendeiro para roubar a caminhonete dele.

A mulher do fazendeiro contou à polícia que Protácio era conhecido da família. Ela disse que o suspeito chegou à propriedade, entrou, conversou com a vítima, tomou refrigerante, sacou a arma e deu um tiro.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher tentou correr mas Wanderson a derrubou, bateu em seu rosto e tentou estuprá-la. Sem conseguir consumar o estupro, o suspeito atirou contra a mulher. Ela se fingiu de morta e esperou até ele fugir na caminhonete.

Protácio foi apelidado de “Lázaro 2.0” ou “Novo Lázaro”, devido a semelhanças ao caso de Lázaro Barbosa, acusado de matar quatro pessoas da mesma família e que foi alvo da maior perseguição policial da história de Goiás, em junho deste ano.

 

 

Fonte: Sul Agora 

 

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