O governador Jorginho Mello (PL) promoveu novas mudanças no primeiro escalão. O procurador do Estado e então diretor de Assuntos Legislativos na Secretaria da Casa Civil, Marcelo Mendes, assume o cargo de secretário adjunto da Casa Civil.
Trocas nas secretarias do governo Jorginho
Sem a presença do filho, Filipe Mello, o governador Jorginho deu posse na manhã de quarta-feira (10) a oito novos gestores, sendo quatro secretários e quatro dirigentes de órgãos governamentais.
A posse ocorreu após Filipe desistir da Casa Civil depois de o PSOL questionar a sua indicação no TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina). Ele decidiu abrir mão do cargo na véspera.
O deputado estadual Sargento Lima (PL) agora comanda a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Na Secretaria de Estado da Comunicação assumiu o publicitário João Paulo Gomes Vieira; o ex-presidente do Iprev-SC, Vânio Boing, está à frente da Secretaria de Estado da Administração; e o coronel do Corpo de Bombeiros Militar Fabiano de Souza na Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil.
O cargo que seria ocupado por Filipe Mello é em substituição ao deputado estadual Estêner Soratto (PL), que retornou à Assembleia Legislativa. Inicialmente, a pasta ficará com a secretária adjunta da Casa Civil, Maria Teresinha Debatin.
Ainda forma empossados o coronel Fabiano Bastos das Neves, no comando do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina; o ex-secretário da Administração, Moisés Diersmann, no o Ciasc (Centro de Informática e Inovação de Santa Catarina); Renato Dias Marques de Lacerda na SCPar (SC Parcerias S/A); e Mauro Luiz de Oliveira no Iprev (Instituto de Previdência de Santa Catarina).
Polêmica com indicação do filho de Jorginho na Casa Civil
O advogado e filho do governador Jorginho Mello, Filipe Mello, indicado para a Casa Civil, anunciou a desistência do cargo. O anúncio foi feito um dia antes da posse do novo secretariado.
Filipe disse em publicação na internet que conversou com o pai e, juntos, chegaram ao consenso que “mesmo sendo absolutamente legal”, deveria continuar auxiliando o governador da maneira como faz atualmente, sem cargo no governo.
“Quem nos conhece sabe da relação que temos e sabe que não preciso de emprego. Minha vida está solidificada na advocacia”, frisou.
No texto no qual anuncia a desistência, Filipe Mello elogiou a atuação e as ações do governo do Estado no comando do pai. Ele disse entender que poderia contribuir mais exercendo a função na Casa Civil, “mas o que não precisamos é de polêmicas infrutíferas. Por isso continuarei ajudando, como sempre fiz, a pessoa do governador, meu pai”.
Filipe aproveitou para criticar a oposição e que a mesma reconhece a capacidade técnica e o currículo. “O defeito é biológico, é ‘ser filho’”, afirmou ele.
Nos últimos dias, a indicação de Filipe Mello foi parar na Justiça estadual. No dia 4, o juiz plantonista do TJSC, João Marcos Buch, acabou atendendo a um pedido do PSOL de Santa Catarina e suspendeu a nomeação do filho do governador. A decisão do juiz acabou derrubada na segunda-feira (8) pelo desembargador Gilberto Gomes de Oliveira.
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