A Prefeitura de Niterói confirmou nesta quinta-feira (26) que vai arcar com o translado de Juliana Marins, brasileira que morreu na Indonésia durante uma trilha no vulcão Rinjani. O corpo da jovem será trazido ao Brasil para velório e sepultamento em sua cidade natal, Niterói, no Rio de Janeiro.
O anúncio foi feito pelo prefeito Rodrigo Neves, que se solidarizou com os familiares e declarou luto oficial de três dias no município. Segundo ele, o apoio à família é prioridade. “Conversei com Mariana, irmã de Juliana, e reafirmei o compromisso da Prefeitura de Niterói com o translado da jovem para nossa cidade, onde será velada e sepultada. Que Deus conforte o coração da linda família de Juliana e de todos os seus amigos e amigas”, escreveu na publicação.
A Prefeitura de Niterói também está preparando uma homenagem pública para Juliana, que será anunciada nos próximos dias.
O senador Romário (PL-RJ) apresentou o projeto de Lei Juliana Marins, que propõe que o governo brasileiro cubra os custos de translado ou cremação de cidadãos mortos no exterior, em casos considerados excepcionais e com base em critérios de vulnerabilidade.
O objetivo é evitar que famílias passem por dificuldades financeiras em momentos de luto, como aconteceu com os parentes de Juliana. O projeto também prevê mecanismos de controle para impedir fraudes.
Juliana Marins, de 26 anos, fazia uma viagem pela Ásia quando sofreu um grave acidente durante uma trilha na Ilha de Lombok, na Indonésia. No segundo dia da caminhada rumo ao vulcão Rinjani, ela caiu em uma encosta íngreme, a cerca de 600 metros do trajeto principal, em uma região de difícil acesso.
Segundo a família, Juliana foi abandonada pelo guia da excursão, que teria seguido adiante sem prestar socorro. Os parentes só souberam do acidente após serem contatados por turistas espanhóis.
A jovem permaneceu mais de 86 horas à espera de resgate. As condições climáticas, como chuva intensa, neblina e baixa visibilidade, dificultaram as buscas e impediram o uso de helicópteros. Um drone térmico chegou a identificar sinais de vida na segunda-feira (23), mas o socorro só conseguiu chegar ao local no dia seguinte.
O corpo de Juliana foi encontrado após quatro dias de buscas e retirado do penhasco em uma operação que durou mais de sete horas. Agora, ele passa por exames de perícia na Indonésia antes de ser liberado para o translado de Juliana Marins de volta ao Brasil, onde será velado e sepultado em Niterói.
Em nota oficial, o governo brasileiro lamentou profundamente a tragédia e manifestou solidariedade à família e aos amigos da jovem.
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