Em entrevista nesta quarta-feira, dia 30, a psicóloga Mariéle Eing abordou o crescente problema da ansiedade no Brasil, um tema que tem ganhado destaque devido ao aumento expressivo de casos, especialmente no cenário pós-pandemia. Segundo a profissional, o número de diagnósticos tem crescido significativamente, revelando que cada vez mais pessoas precisam de suporte emocional para lidar com a doença.
Mariéle explica que a ansiedade, em sua essência, é uma resposta natural do organismo, mas que se torna um problema quando passa a interferir no bem-estar e nas atividades diárias. “Um dos fatores que mais contribuem para a ansiedade é a tendência de vivermos constantemente projetados no futuro, esquecendo de vivenciar o presente”, afirma a psicóloga. Esse comportamento gera uma preocupação excessiva e, muitas vezes, desproporcional, levando a sintomas como tensão, medo, e até crises de pânico em casos mais graves.
Outro ponto ressaltado pela psicóloga é o impacto das redes sociais, que frequentemente contribuem para uma sensação de inadequação e inferioridade. “Muitas pessoas com ansiedade sentem-se constantemente comparadas aos outros, acreditando que estão sempre aquém do que veem nas redes”, explicou Mariéle, destacando que a comparação social pode amplificar o sofrimento emocional e alimentar pensamentos negativos.
Sobre o tratamento, Mariéle menciona que a psicoterapia é uma das principais ferramentas para ajudar no controle da ansiedade. Combinada com práticas de autocuidado, como exercícios físicos, técnicas de respiração e momentos de relaxamento, ela pode trazer alívio e fortalecimento emocional. Para casos mais avançados, Mariéle orienta que o encaminhamento médico seja feito, pois a combinação de psicoterapia e medicação pode ser necessária para estabilizar os sintomas.
A psicóloga finalizou a entrevista com uma recomendação importante: “Aprender a viver o momento presente é essencial. Quando nos ancoramos no agora, diminuímos a tendência de ansiedade, pois focamos no que realmente podemos controlar”.
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